Rafael Dupim
2 min readFeb 1, 2022

O 1x7 do Brasil e Alemanha pra mim foi um dos momentos mais patéticos do esporte.

E não pelo desempenho da seleção brasileira. Mas por culpa da seleção Alemã.

Um esporte, um evento como a copa do mundo então, é muito mais que um jogo em que só se busca o resultado.

A seleção alemã tão bem recebida pelos bahianos e tão inegrada com a paisagem, de repente se transformou numa despropositada máquina de fazer gols, que produziu um dos resultados mais elásticos da história do futebol.

Poucas vezes eu vi um jogo continuar em ritmo alucinante , mesmo em grandes clássicos do futebol mundial.

Isso para quem acha que é só um esporte parece uma sandice minha.

Mas não me lembro da tradição do futebol recomendar que o Brasil massacre o Haiti num amistoso, ou que a Argentina trucide com o Irã.

Claro que muitas vezes seleções pequenas surpereendem e são difíceis. Claro que na tradição do futebol espera-se que jogadores melem o jogo por uns vinte minutos e saiam com dois expulsos pra cada lado ao invés de desabarem a chorar. Aliás essa é a maior contribuição do Felipão pro futebol nacional. Entender as artimanhas latinas do campo. Que muitos chamam de antijogo e que vá lá pode até ser.

Mas se tratando de um evento histórico, com jogadores tão bem preparados emocionalmente, fica meio descabido que ao invés de tentarem jogadas mais elaboradas, lances difícies, bonitos, eles permaneçam numa alucinante máquina de eficiência sem perceber que estão criando algo realmente fora do tom.

Um quatro a zero em qualquer Palmeiras e Corinthians passa aos jogadores o senso de resopnsabilidade com duas insituições que não podem ser estopim de sentimentos estranhos . No caso dos clássicos, violentos.

Mas quando se trata da congregação de Nações e da importância do futebol aquilo virou uma maluquice que quase disse aos brasileiros que no nosso vocabulário não conseguiríamos mais interpretar ou filosfar sobre. E aí corremos o risco de dizer que só um alemão mesmo pra não entender que estamos a disputar uma partida de futebol que é na verdade muito mais que uma partida de futebol e que tem um nível de abstracão que eu poderia ficar aqui por horas tentando me fazer entendido, mas é que na verdade se aspira no ar, se vive na atsmosfera de um evento que tem uma carga de emoção e história sim. Noves fora a fifa e as obras faraônicas atuais, há cem anos as nações saem dali com um tantinho mais eumênicas

Um dia talvez volte a escrever sobre isso, quem sabe com mais inspiração ou em alemão.

Rafael Dupim

Professor de Jornalismo, Arte, Comunicação, Cultura e Mundo Contemporâneo/FACHA